O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deixou clara sua expectativa em relação à extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL), foragida na Itália após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em uma declaração feita nesta sexta-feira (13/6), ele destacou que as autoridades italianas estão ativamente procurando por ela e que já há indícios de seu paradeiro.
Zambelli possui nacionalidade italiana, o que gerou um clamor entre seus aliados, que sustentam que sua extradição seria inviável. Porém, Lewandowski refutou essa ideia, ressaltando que a legislação italiana permite a extradição de seus cidadãos, ao contrário da Constituição brasileira.
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O ministro citou especificamente a histórica cooperação entre Brasil e Itália, mencionando um tratado existente que fundamenta essa relação. “A dupla nacionalidade não impede a extradição. Ao contrário do que diz a Constituição brasileira, a italiana não proíbe a extradição de cidadãos italianos”, complementou Lewandowski durante um sobre segurança pública em São Paulo.
Ele também fez referência ao caso de Cesare Battisti, um notório terrorista italiano que, após receber asilo político no Brasil durante o governo Lula, teve seu status revogado em 2018, sob a presidência de Michel Temer. Battisti foi finalmente capturado na Bolívia e extraditado para a Itália, onde cumpre pena.
“Recentemente, o Brasil extraditou Cesare Battisti para a Itália, e, conforme o princípio da reciprocidade, esperamos que o governo italiano faça o mesmo em relação a essa senhora o mais rapidamente possível”, afirmou Lewandowski.
A situação de Zambelli continua a se desdobrar, enquanto o Brasil aguarda o desenrolar deste complexo cenário de extradição. O que você pensa sobre a importância da reciprocidade nas relações diplomáticas? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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