Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A recente operação da Polícia Federal, que culminou na prisão do ex-ministro Gilson Machado e quase acabou com a detenção do delator coronel Mauro Cid, levantou uma onda de debate entre os bolsonaristas, que gritam por perseguição política.
O ministro Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Machado devido a supostas tentativas de acelerar um pedido de cidadania para Cid na embaixada de Portugal. A implicação é clara: o delator, com potencial de incriminar o ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda mantém laços com o círculo íntimo.
Após a ação policial, onde Machado foi levado para um centro de detenção, Moraes vacilou em sua decisão. Mesmo com a intenção de prender Cid, ele recuou, permitindo que o delator falasse por três horas na PF. Cid surgiu afirmando que procurou apenas dados para um aporte, alegando já possuir cidadania portuguesa.
Ao final do dia, Gilson Machado foi liberado, mas a questão persiste: qual era o verdadeiro objetivo da prisão? Se a coleta de dados já havia sido realizada, a necessidade de prender um ex-ministro levanta suspeitas.
Além disso, o episódio revela que entre Cid e Bolsonaro não houve rompimento, sugerindo que a delação pode ser mais complexa do que aparenta.
Moraes, em sua tentativa de manter a repressão, quase gerou um clamor popular que poderia ter colocado o Supremo em uma posição delicada. Assim como na controvérsia com a “Débora do Batom”, seus seguidores alegam que ela foi injustamente condenada a 14 anos por um ato simbólico. Diante da pressão, o ministro decidiu recuar, evitando uma crise maior.
Internamente, Gilson Machado agora surge como um novo ícone para a direita, um símbolo que pode ser utilizado para questionar as ações do governo e do judiciário.
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