Em depoimento à PF, Cid nega qualquer intenção de fugir do país

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Na manhã desta sexta-feira, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, compareceu à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento em uma investigação que investiga a tentativa de emissão de um aporte que facilitaria sua saída do país. Durante seu depoimento, Cid categoricamente negou qualquer intenção de fuga, alegando não ter conhecimento sobre um suposto pedido de aporte português em seu nome.

Conforme relatado à Metrópoles, a defesa do ex-auxiliar de Bolsonaro enfatizou que Cid declarou que as mensagens vinculadas a ele não eram de sua autoria. O advogado Jair Alves Pereira manifestou que Cid não pediu um aporte ao ex-ministro Gilson Machado, afirmando: “É uma surpresa. Desconheço os fatos, mas, com certeza, Mauro Cid não requereu aporte.”

Cid chegou à sede da PF em Brasília por volta das 10h57, em sua Range Rover vermelha, e deixou o local às 14h28, evitando falar com a imprensa. Antes de seu depoimento, a PF havia cumprido mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de esclarecer se Gilson Machado teria intermediado a obtenção de um aporte para Cid, interpretando essa ação como uma tentativa de obstruir a investigação sobre a chamada trama golpista, na qual Cid é réu.

Enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou apoio à investigação, Gilson Machado refutou veementemente ter ido a qualquer consulado, inclusive o português no Recife, justificando que seu único contato foi relacionado ao aporte de seu pai.

A PF, em colaboração com a PGR, solicitou ao STF a abertura de um inquérito para investigar Gilson Machado, que pode estar implicado na emissão de um aporte português que possibilitasse a saída de Cid do Brasil. A manifestação da PGR revela indícios de que Machado pode ter atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife para esse propósito, levantando questões sérias sobre as motivações por trás de suas ações.

Neste cenário, Mauro Cid, ao lado de Bolsonaro e mais 29 réus, enfrenta acusações graves relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado. Segundo a PGR, o objetivo era manter o ex-presidente no poder após sua derrota em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.

O que você pensa sobre este caso? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão sobre os desdobramentos dessa investigação crucial para a política brasileira.

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