A poucos meses do início do programa Escola Cívico-Militar anunciado pelo governo de Tarcísio de Freitas, a expectativa se transforma em preocupação. A Secretaria da Educação ainda não selecionou os policiais militares que atuarão nas escolas e não divulgou o tão esperado edital detalhando o processo de seleção. Para os aliados do governo e a base bolsonarista, esse atraso é um sinal de que a iniciativa pode não cumprir suas promessas.
Desde março, quando foram retomadas as consultas públicas sobre o programa em 300 escolas estaduais, o governo havia garantido que a seleção dos agentes seria feita entre abril e maio. O plano inicial também previa que, em junho, os escolhidos ariam por capacitação junto aos diretores das escolas designadas. Porém, essas etapas já estão atrasadas, colocando em risco o início oficial previsto para o próximo dia 28 de julho.
Enquanto isso, a frustração cresce entre os apoiadores do programa. Eles se preocupam com a possibilidade de que o número de policiais a ser contratado seja insuficiente, prejudicando a eficácia do projeto antes mesmo de sua implementação. Curiosamente, rumores nos bastidores sugerem que o governo está mirando no modelo adotado no Paraná, onde mudanças demográficas e sociais podem minimizar o impacto que um programa semelhante teria em São Paulo.
No entanto, o governo se posicionou ao ser indagado sobre o atraso, assegurando que o edital – contendo detalhes sobre critérios de seleção e alocação – será publicado em breve. A capacitação dos selecionados, segundo a Secretaria da Educação, será obrigatória e incluirá temas relevantes para a atuação nas escolas, como cultura de paz e aspectos legais.
Para o segundo semestre, está prevista a implementação do modelo em 100 escolas estaduais, distribuídas por diversas regiões de São Paulo. Os policiais militares atuarão como monitores, supervisionando atividades extracurriculares e fiscalizando regras de disciplina. Os estudantes deverão seguir rígidas normas de vestimenta e aparência, com medidas rigorosas para aqueles que não se conformarem, como a perda de pontos e possíveis mudanças de turma.
O futuro do programa Cívico-Militar se desenha em meio a expectativas e temores. Quais serão os reais efeitos dessa proposta em nossas escolas? Sua voz é importante: compartilhe suas opiniões e preocupações sobre as escolas cívico-militares nos comentários!
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