Cada ano, cerca de 12 bilhões de dias de trabalho se perdem mundialmente devido a doenças como depressão e ansiedade, conforme as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Durante a pandemia, esses índices alarmantes aumentaram 25%, e as sequelas persistem entre muitos profissionais que retornaram ao ambiente presencial.
O alerta é real, e já não é raro ver figuras públicas abrindo o jogo sobre suas batalhas contra a pressão e a sobrecarga de trabalho. Este fenômeno, no entanto, não se limita a quem está em evidência; cada vez mais, trabalhadores anônimos enfrentam questões de saúde mental no dia a dia. Considerando esse cenário, a partir de 26 de maio, entrou em vigor uma atualização crucial na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A nova norma exige que as empresas realizem uma avaliação de riscos psicossociais dentro do gerenciamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). É fundamental que os empregadores identifiquem e istrem riscos como estresse, assédio e carga mental excessiva, contribuindo para um ambiente de trabalho protetor.
Samanta Padilha, Head de RH do Grupo BHB, destaca a importância de que as organizações vão além do mero cumprimento dessa nova exigência: “As empresas que se adaptarem rapidamente terão a chance de se consolidar como referências em responsabilidade social, mostrando um verdadeiro cuidado com seu capital humano.”

Samanta Padilha, reconhecida entre as 50 maiores Executivas de RH pelo People and Health Executive Summit (Divulgação)
Para Padilha, a saúde mental é o verdadeiro motor das organizações e deve ser protegida diariamente. Ela argumenta que as mudanças trazidas pela nova legislação, embora possam causar desconforto inicial, têm muito a oferecer a médio e longo prazo, como a implementação de políticas de apoio emocional e a capacitação de gestores sobre saúde mental.
Saúde mental se tornou um pilar estratégico para empresas que buscam equipes produtivas e leais. A mudança de mentalidade deve começar no topo; lideranças precisam estar preparadas para discutir o tema aberta e sinceramente. Afinal, não se trata mais de um “se”, mas de um “quando” e “como” gerar um ambiente de trabalho saudável e acolhedor.
No entanto, é essencial considerar que a instabilidade econômica pode intensificar a sensação de insegurança, elevando os níveis de ansiedade. O impacto dessa preocupação pode prejudicar tanto a produtividade quanto a satisfação do colaborador. Por isso, as empresas devem agir rapidamente para criar um ambiente psicologicamente seguro, oferecendo e emocional consistente e eficaz.
E você, o que acha dessa nova norma? Acredita que ela pode fazer a diferença na saúde mental dos trabalhadores? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!
“`
Comentários Facebook